quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

o rosto surrealista da cidade

cresce correndo o espaço
de dentro de casa, procura-se
casa em toda parte

a literatura, meu caro,
ha-de deixar-te louco!

lisboa ja foi
e o que restou
de lisboa
foi um pedaço de casa
uma migalha de sonho
perdida em paralelepipedos

o rosto surrealista
me sorrindo e pede
"deixa-te ser, deixa
um pouco de apreço
trazer-te de volta ao
espaço, esta infâmia
que é estar em toda parte"

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